Diz-me como dormes e eu dir-te-ei como estás? O sono e os sonhos sempre foram de grande importância na espécie humana. A procura da sua compreensão atravessa áreas do saber desde a Medicina à Psicologia, passando pelo folclore cultural tal como no caçador de sonhos nesta imagem.
A melhor pessoa para falar do sono e dos seus processos é a Dra. Mafalda Leitão. Como tal, se houver alguma questão mais especifica coloquem-lhe a questão.
Os primeiros caçadores de sonhos foram introduzidos pela tribo dos Ojibwa, que habitavam a região dos grandes lagos da América do Norte. Para eles, era fundamental saber decifrar os sonhos, pois acreditavam que lhes facultavam importantes mensagens sobre a vida, a natureza e o universo. Segundo esse povo, enquanto se dormia, o ar enchia-se de sonhos e energias (boas e más), desempenhando o caçador de sonhos um meio de protecção e purificação dos sonhos, filtrando e separando as energias e os sonhos negativos. Além disso, o filtro dos sonhos trazia sabedoria e sorte a quem o possuía.
Para além de não ser um especialista na área do sono também não mudei para nenhuma tribo.
O que gostaria de falar é sobre a importância da compreensão das diferentes manifestações na esfera do sono em crianças e adolescentes no autismo, e de como isso nos poderá ajudar a compreender melhor a sintomatologia depressiva. A investigação tem procurado chamar a atenção no Autismo de que os sintomas depressivos podem aparecer revestidos de insónias ou de sensação de irrequietude no momento de dormir. Não parece ser nada de muito novo neste campo de investigação. Mas no caso das crianças e adolescentes autistas esta relação entre sintomatologia depressiva e ansiosa e problemas na esfera do sono parece ser maior.
Contudo, quando andamos à procura de avaliar sintomatologia depressiva e ansiosa podemos não estar suficientemente desperto para estes sinais e como tal não diagnosticar correctamente a depressão e ansiedade no Autismo.
Tal como o caçador de sonhos também serve para ajudar a filtrar e separar as energias. Também é importante que possamos aprender a ser mais compreensivo na maneira como no autismo as expressões comportamentais ocorrem.
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