Spoiler alert - Não, não vou falar do lançamento do Independence Day 3. E sim, é verdade que os cinemas voltaram a abrir ao público. Assim como também é verdade que nem todas as pessoas vivem de uma forma independente e condigna ao ponto de fazerem uso do cinema, por exemplo. E porque me fui lembrar deste cenário de fundo do filme Independence Day? Para aqueles que viram o filme, nem que seja apenas para ouvirem a banda sonora dos Aerosmith ou então verem a filha do vocalista Steven Tyler, estarão certamente lembrados do cenário dantesco do fim do mundo, correcto? Na verdade é assim que muitas pessoas portadoras de deficiência se continuam a ver ao fim destes anos todos de batalhas pela sua dignidade, autonomia e independência. Mas também estou certo que se lembraram no filme daquela réstia de esperança em salvar o mundo, certo? Também por isso é que muitos continuam a lutar diariamente para conquistar um direito das pessoas. Hoje dia 5 de maio celebra-se o European Independent Living Day. E há 25 anos que se procura celebrar nesta data todo um conjunto de valores presentes na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU e nos mais variados documentos ao longo destes anos. Nomeadamente, o mais recente deles, a Estratégia sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 2021-2030. Já há alguns anos que se procura desmontar a desinstitucionalização em contexto da saúde mental. Mas ainda hoje me recordo que em 2011 em Portugal ainda haviam Instituições de saúde que tinham um número significativo de pessoas portadoras de deficiência e outras perturbações mentais e que estavam institucionalizados, alguns deles há mais de 25 anos. Mas não são apenas estes que entretanto foram sendo desmobilizados para a casa dos seus familiares ou outras estruturas de suporte na comunidade. São também todos aqueles que continuam a viver institucionalizados nas casas das suas famílias e sem que seja observado princípios fundamentais como a autodeterminação, participação, autonomia, livre escolha e acessibilidades a todos os níveis. Urge ajudar as famílias a participar na capacitação dos seus membros de forma a que estes se tornem cidadãos participativos em equidade com os demais. Por exemplo, é fundamental fomentar projectos que visem construir residências autónomas na comunidade com apoio para as pessoas portadoras de deficiência.
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