Escolhe o teu comprimido
- pedrorodrigues
- 22 de set.
- 2 min de leitura
Alguns ainda estarão recordados da saga Matrix quando Morpheus deu a escolher a Neo qual o comprimido a tomar, se o azul ou o vermelho. Independentemente da escolha feita por Neo e das opiniões de cada um de nós sobre a escolha, assim como das questões sobre o que teria acontecido se Neo tivesse escolhido a outra cor, uma coisa parece certa. Metaforicamente falando, todos nós somos convidados a fazer escolhas no nosso quotidiano.
Hoje, vai ser feita uma comunicação pelo preseidente dos EUA, Donald Trump, sobre a razão do aumento do número de casos de autismo. Muitos de vocês ainda estão recordados e a sofrer as consequências do artigo publicado por um médico acerca da relação entre certas vacinas (i.e., sarampo, rubéola, etc.) e o autismo. E que ao fim de alguns anos acabou por ser oficialmente desmentido.
Hoje, é dito que o presidente Donald Trump vai anunciar a ligação entre a toma de Paracetamol em mulheres grávidas e o Autismo. Adicionalmente, vai também anunciar a Leucovorina (ácido folinico) como um potencial tratamento do autismo (ver aqui).
Muitos irão dizer que já estão habituados aos disparates ditos pelo presidente Trump e que este é mais um e que ao fim de algum tempo já ninguém se vai lembrar. Relembro que o mesmo se pensou em relação ao estudo sobre a relação entre as vacinas e o autismo. E ainda hoje apesar do desmentido temos um impacto tremendo nas pessoas autistas, mas não só. Até porque há familias que continuam a não vacinar o seus filhos, correndo o risco de morte, com o receio de virem a ter autismo.
Por isso, volto novamente ao principio deste texto. Metaforicamente falando, todos nós somos convidados a fazer escolhas no nosso quotidiano. E esta será mais uma delas.
O responsavel pela pasta da saúde nos EUA, Robert F. Kennedy Jr., que já nos habituou a tomadas de posição e decisão contrárias ao conhecimento cientifico, encontra em Donald Trump um fiel suporte para mais este devaneio cientifico e contrário a tudo alcançado até então.
Será fundamental que individualmente, mas também as Associações de pessoas autistas, Organizações e Centros de Investigação, possam tomar uma posição contrária face a este duplo despejar de informação nada validadas cientificamente. Seja em relação à relação com a causa do autismo, mas até mesmo em relação ao tratamento (cura) do autismo.

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