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Alexa, como é que eu me sinto?

Alexa é a assistente virtual, desenvolvida pela Amazon, e que possibilita entreter e informar. A Alexa enquanto assistente de conversa, é capaz de entender o contexto até determinado ponto e executar uma tarefa simples, como configurar alarmes, informar sobre a situação do transito ou previsão do tempo, além de executar uma lista de músicas.


Como tal, quem tiver a Alexa como companhia poderá pedir-lhe para ela falar como um adolescente, responder à pergunta O que veio primeiro: a galinha ou o ovo, ou qual é o seu aniversário. Uma gama bastante variada de perguntas e para as quais haverá uma resposta dada pela Alexa.


Confesso que configurar alarmes ou saber sobre a situação do trânsito, dependendo onde se está, podem ser tarefas com alguma complexidade. E já nem falo de quem veio primeiro, se a galinha ou o ovo.


Um destes dias, o Raúl (nome fictício), pensou em pedir ajuda à Alexa. Perguntou-lhe como é que ele se sentia! A Alexa parece que não lhe soube responder. Depois perguntou como é que ela se sentia! Ao que parece ela também não lhe soube responder. Ainda que quando lhe perguntou se ela estava triste, a Alexa lhe tenha dito que não. Raúl ficou não sabe muito bem como. Dizem-lhe que aquilo que ele terá sentido se pode chamar frustração. Quando lhe disseram isso, ele perguntou para lhe poderem explicar o que é a frustração. O Raúl ao longo destes anos todos, até porque ele já vai com trinta e quatro anos, tem um diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo. E além disso também tem uma situação de Alexitimia. Não sabe o que é? Não pergunte à Alexa!


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